Uma das doenças mais comuns do ombro, a lesão ou ruptura do manguito rotador é a inflamação e o desgaste que atinge essa região. O manguito rotador é um conjunto de quatro músculos responsáveis pela movimentação do ombro e por sua estabilidade.
Embora seja mais frequente após os 60 anos de idade, este tipo de lesão também pode impactar jovens, especialmente os que praticam esportes ou fazem muitos esforços com os membros superiores. Além disso, pode também ter causas genéticas. Geralmente, o problema começa com uma tendinose (desgaste do tendão), que evolui para a rotura parcial e, depois, a rotura completa. Os dois primeiros casos, que fazem parte do processo natural de envelhecimento, podem não causar sintomas. Já com a rotura completa é mais comum sentir fraqueza muscular e dor, que começa no ombro e pode se estender até o cotovelo.
Diagnóstico e tratamento
Além do exame físico, que já traz informações relevantes sobre a gravidade da lesão, é possível realizar a radiografia e a ressonância magnética. O tratamento é feito de forma conservadora, sem cirurgia.
Veja as opções:
● Medicamentos: analgésicos e anti-inflamatórios aliviam a dor e o quadro inflamatório, mas não devem ser usados por longos períodos.
● Infiltração: é possível aplicar corticoesteróides na região subacromial, onde ficam a bursa e os tendões do manguito rotador. Não são recomendadas mais do que três aplicações no mesmo local.
● Fisioterapia: exercícios de alongamento devem ser realizados gradualmente para restabelecer o arco de movimentos do ombro. Os demais músculos da região também devem ser fortalecidos.
● Modificações de atividades: mudanças de postura em atividades de trabalho e cuidados com práticas esportivas são essenciais para o bom funcionamento do ombro e de seus tendões.
● Cirurgia: indicada para casos de lesões completas e sintomáticas ou para pessoas que não conseguiram resultados com os tratamentos conservadores. Pode ser realizada de forma aberta ou por artroscopia.