A articulação acromioclavicular se localiza na parte superior do ombro, entre a clavícula e o acrômio, com a função de fornecer conexão entre a mobilidade escapular e a mobilidade clavicular. Quando ocorre a luxação, a clavícula perde o contato normal com o acrômio, causando deformidades que podem ter diferentes graus. Geralmente, a luxação acontece por causa de um traumatismo, como uma queda diretamente sobre o ombro durante uma caminhada ou a prática de atividades físicas, como futebol, ciclismo ou artes marciais.
As luxações são classificadas em diferentes tipos, de acordo com a posição da clavícula e o grau de deslocamento:
● Tipo 1: os ligamentos sofrem estiramento, mas ficam íntegros. Não há deslocamento da clavícula.
● Tipo 2: os ligamentos acromioclaviculares sofrem ruptura e os coracoclaviculares, estiramento. A clavícula sofre um pequeno deslocamento de até 25% em relação ao acrômio.
● Tipo 3: há ruptura dos ligamentos acromioclaviculares e coracoclaviculares. A distância coracoclavicular aumenta entre 25 e 100%.
● Tipo 4: a clavícula se desloca para trás. Além dos ligamentos, há também comprometimentos dos músculos que se inserem sobre a articulação acromioclavicular (deltoide e trapézio).
Tratamento
Como existem diferentes tipos de luxação, o tratamento também varia de acordo com o caso e as características de cada pessoa. Pacientes com os tipos 1 e 2 devem ser tratados de forma conservadora, com o uso de anti-inflamatório, gelos e imobilização com tipóia de duas a três semanas. Aqui, vale reforçar a importância de exercícios e de fisioterapia após a imobilização. Para os casos do tipo 2, permanece uma pequena deformidade, que não traz sequelas funcionais. Algumas pessoas podem desenvolver um desgaste da articulação, que também não costuma causar sintomas. A maioria dos pacientes fica totalmente livre da dor após três meses de tratamento.
Para as lesões dos outros tipos, o tratamento cirúrgico costuma ser recomendado, sempre com uma avaliação médica individual.