A luxação acontece quando a articulação sai do lugar, causando uma lesão grave que pode trazer sequelas, especialmente se não corrigida a tempo. Quando esse problema acontece de forma recorrente – seja com intervalo de anos ou de horas – significa que a pessoa desenvolveu luxação recidivante.
Existem duas causas para a luxação recidivante: a traumática e a hiperfrouxidão ligamentar. A traumática causa deslocamento da cabeça umeral e pode gerar ruptura ligamentar. A lesão de Bankart é caracterizada pela desinserção do lábio da glenoide e a lesão de Hill-Sachs é a fratura por impacto do úmero.
Já a hiperfrouxidão ligamentar tem causas genéticas, geralmente hereditárias, e pode fazer com que o ombro saia do lugar sem ruptura ligamentar. É possível, ainda, que a pessoa desenvolva uma lesão com combinação das duas características.
É comum que a luxação aconteça novamente após um primeiro episódio. Isso porque o ligamento rompido pode não cicatrizar ou cicatrizar em uma posição inadequada, deixando o ombro instável. No entanto, o risco de reincidência é maior em pessoas mais jovens e diminui com a idade. Além disso, o problema não costuma causar dificuldade para a maior parte das atividades do dia a dia.
Diagnóstico e tratamento
É possível realizar o diagnóstico com exames de imagem, como radiografia, ressonância magnética (RM) e a artro-RM, ressonância realizada após injeção de contraste dentro da articulação, o que permite visualizar um quadro mais claro. O tratamento mais frequente para os casos traumáticos, ou seja, com ruptura ligamentar, é a cirurgia por artroscopia. Já os pacientes com hiperfrouxidão ligamentar podem optar pelo reforço muscular. Se esta abordagem não funcionar por seis meses, a cirurgia também pode ser indicada para estes casos.