A capsulite adesiva, também conhecida como ombro congelado, é a inflamação da cápsula articular, a membrana que envolve os ossos da articulação do ombro. A condição, que piora gradualmente, deixa a articulação mais “apertada”, provocando dor e perda dos movimentos do ombro. O problema geralmente acontece após um trauma no ombro ou em outras regiões, como punho ou cotovelo, que acaba imobilizando o membro superior. Cirurgias cervicais, torácicas e nos próprios membros superiores também podem desencadear essa condição. Além disso, pessoas com doenças como diabetes e hipotireoidismo estão mais propensas a ter capsulite adesiva. O problema se desenvolve gradualmente e começa com uma leve dor e restrição de mobilidade, que acaba atingindo um nível máximo, até mesmo em repouso. Depois dessa fase inflamatória, há alívio da dor e uma rigidez mais significativa, que é a fase de congelamento. Todo esse processo até a recuperação pode levar meses e, se o problema não for tratado, anos.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito de forma clínica e com exames complementares, como radiografia, e o tratamento é longo, porém com grandes chances de cura completa.
Veja as principais abordagens:
● Medicamentos: analgésicos e anti-inflamatórios podem ser usados para aliviar a dor durante o processo de recuperação.
● Infiltração: é possível aplicar corticoesteróides e anestésico local no interior da articulação, reduzindo o quadro inflamatório e a dor e melhorando os movimentos. Não são recomendadas mais do que três aplicações.
● Fisioterapia: é o principal tratamento para o problema e pode ser feito junto com o uso de medicamentos. Os exercícios de alongamento variam – mais suaves na fase inicial e mais vigorosos na fase de congelamento.
● Bloqueio do nervo supraescapular: é um tipo de anestesia que interrompe os estímulos dolorosos enviados do ombro ao sistema nervoso central a fim de permitir que o paciente realize os exercícios de recuperação. Devem ser repetidos quinzenalmente, com o máximo de 15 aplicações.
● Cirurgia: a artroscopia é recomendada apenas após seis ou 12 meses de tratamento conservador sem sucesso.